Dos quintais do Morro da Serrinha, em Madureira, para os palcos do país. Essa é a trajetória do grupo Jongo da Serrinha, fundado pelo mestre Darcy e Vovó Maria Joana Rezadeira na década de 60. O Jongo da Serrinha teve, desde o inicio, a preocupação com a preservação do jongo - uma das raízes do samba - e é responsável por dar continuidade a essa tradição. As rodas informais na comunidade se transformaram em ensaios artísticos virando uma forte de referência cultural afro-carioca.
Entenda: O jongo, ou caxambu, é uma ritmo que teve suas origens na região africana do Congo-Angola. Chegou ao Brasil-Colônia com os negros de origem Bantu, trazidos como escravos para o trabalho forçado nas fazendas de café do Vale do Rio Paraíba, no interior dos Estados do Rio de janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
O Jongo da Serrinha atua ainda na promoção social da comunidade através de iniciativas educacionais como a ONG Grupo Cultural Jongo da Serrinha. Criado em 2000, o Grupo tem o objetivo de criar mecanismos de preservação e divulgação do jongo, além da educação e profissionalização de jovens. Produz espetáculos com artistas da própria comunidade formados nos projetos desenvolvidos pela ONG, como a Escola de Jongo. Além disso, a ONG foi registrada como o primeiro Bem Imaterial do Estado do Rio de Janeiro pelo Instituto do Patrimonio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
A Creche Tia Maria do Jongo e o Centro de Memória da Serrinha também fazem parte da lista de iniciativas que aliam a preservação cultural ao trabalho social e atendem diariamente 120 crianças e jovens de comunidades carentes do Rio de Janeiro. O Jongo já recebeu diversos prêmios pelos trabalhos artístico e social. Para saber mais sobre o Jongo da Serrinha, entre no site oficial.
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