Preservar as tradições e ser guardiã do patrimônio cultural da escola. Estes são os objetivos da Velha Guarda do Império Serrano, muito bem representada por grandes nomes do samba carioca.
A primeira formação, que surgiu nos anos 80, era composta por Mano Décio da Viola, Mestre Fuleiro, Tio Hélio, Carlinhos Vovô, Nilton Campolino, Sebastião Molequinho (Seu Molequinho) e Dejanira, sendo dissolvida na década de 90 por alguns problemas, principalmente, de saúde de alguns integrantes com idade avançada. Segundo Dicionário Cravo Albin, em 2002, o grupo foi reorganizado por Wilson das Neves, compositor e consagrado baterista da banda de Chico Buarque, e Zé Luiz, presidente de honra do grupo e co-autor de sambas memoráveis como “Todo menino é um rei” e “Tempo ê”.
Depois passaram a integrar o grupo: Tuninho Fuleiro (filho de Mestre Fuleiro, um dos fundadores do Império Serrano), Aluízio Machado (grande campeão de sambas-enredo e parceiro de Beto-Sem-Braço), Ivan Milanez (percussionista e compositor) , Sílvio (baluarte da Ala de Bateria), Cizinho (sobrinho de Mano Décio e exímio tocador de surdo), Fabrício (autor de “O samba não pode parar”, gravado por D. Ivone Lara), Capoeira da Cuíca e as pastoras Lindomar, Balbina e Nina.
Velha Guarda Império Serrano
Em 2002, a Velha Guarda foi convidade por Dudu Nobre a participar do CD “Chegue Mais”, na qual interpretou “Meu Drama”, autoria de Silas de Oliveira e J. Ilarindo. Depois participou da gravação ao vivo do CD/DVD também de Dudu Nobre no Canecão, cantando “Aquarela Brasileira”, de Silas de Oliveira. Além de se apresentar na escola em Madureira, o grupo cantou em vários lugares pela cidade, como a Lona Cultural Gilberto Gil, no projeto “Homenagem Velhas-Guardas 2004”, da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro; no Armazém 161, na Zona Portuária, com o show “Império reizinho de Madureira”; e na “Feira de Antiguidades da Rua do Lavradio, centro do Rio. Em 2006, a Velha-Guarda lançou o primeiro CD, “Um Show de Velha Guarda”, produzido por Wilson das Neves.
Um pouco de história: Uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro, Império Serrano, fundada em 1947, já foi nove vezes campeã do carnaval. O Morro da Serrinha foi reduto de célebres jongueiros, reúne uma produção de sambas de terreiro da mais alta qualidade e sambas-enredos consagrados, entre eles “Bum Bum Paticumbum Prugurumdum” (Aluísio Machado) e o inesquecível “Aquarela Brasileira” (Silas de Oliveira), que canta em tão belos versos o “colorido sutil, e este lindo céu azul de anil”, emoldurando em aquarela o nosso Brasil.
A Velha Guarda Show do Imperio Serrano agradece e muito o carinho
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